Postagens populares

domingo, 4 de julho de 2010

Vinhos do Novo Mundo: Leve muito, pague pouco







Quando se fala em vinhos, logo vem a imagem da Franca com seus "gran cru" das uvas cabernet sauvignon, cabernet franc, pinot noir, gewuztraminer, merlot, das grandes maisons das regioes de bordeaux, borgonha, alsacia, e por ai vai. E evidentemente o espumante da regiao de champagne empresta seu nome a bebida.
O que nem todo mundo sabe, é que o Chile, sim , o Chile aqui pertinho do Brasil é o berço de todos os vinhedos do mundo. No final do século dezenove os vinhedos da europa foram atacados por uma praga que dizimou todas as cepas, e parecia ser o fim de séculos de trabalho dedicado. Entretanto o chile tinha importado todos os tipos de uva e plantado com um tipo de enxerto que era resistente a praga, e naturalmente todos os vinhedos existentes na França atualmente foram cepas replantadas do Chile. Muito bem, mas tem o tal microclima, bom é verdade que os grandes vinhos franceses são os melhores do mundo, e logo ali, na segunda colocação estão os grandes italianos. Mas observem que a palavra grande faz toda a diferença. Existe muita porcaria (vin de pays) de baixíssima qualidade que sai da frança e da itália exportado para o mundo inteiro. Vocês podem tomar vinhos tão bons quanto a maioria dos vinhos europeus de primeira linha, e muito superiores aos vinhos "genéricos" franceses ou italianos que não tem um grande e único produtor por trás daquela garrafa.
Tanto no Chile, quanto na argentina, temos vinhos Gran Reserva de produção própria a preços que variam de USD 20 a 40.00 com impostos aqui no Brasil (nos países de origem custam a metade do preço) e nesta faixa de preço tem o Lote 43 da Miolo e Reservado da Casa Valduga, que bate muito vinho de rótulo europeu que enfeitam a mesa dos incautos. Por falar em Casa Valduga e Miolo, os espumantes top de linha destas casas na faixa dos 40 dólares, não devem nada aos champagnes franceses mais vendidos como Veuve Clicquot Ponsardin. A velha viúva Dona Clicquot ficaria encantada com a nossa produção de espumante nacional. Evidentemente, existem champagnes franceses muito superiores a preços estratosféricos.
O que quero frisar nesta missiva é o custo benefício dos produtos de primeira linha dos países do Mercosul. Vou deixar algumas fotos de bons vinhos aqui do sul latino, e também uma foto de um cacho de cabernet sauvignon. Repare que a uva adequada para uma boa vinificação não é agradável ao paladar "in natura", pois ela tem casca muito grossa, de coloração escura, e é bem mais azeda do que as uvas para consumo tipo red globe, e outras. Se o amigo leitor tem dúvidas de qualquer natureza escreva para jarbes@uol.com.br que terei imenso prazer e responder.

Nenhum comentário:

Postar um comentário