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sábado, 21 de novembro de 2015

Quem são o "Daesh" a Fênix Islamista!!!

Por Jarbes Lima

Daesh é o acrônimo que em árabe significa Estado Islâmico do Iraque e do Levante que também ficou conhecido como Estado Islâmico do Iraque e da Síria.

Não é uma simples facção terrorista, muita mais complexa e poderosa do que seus antecessores, sejam eles Al Qaeda, Talibã, Ira, Eta, ou qualquer grupo terrorista que tenhamos conhecido.

O Daesh a exemplo de Israel está a fundar uma nação etnorreligiosa, mas não exclusivaente étnica.  Aceita pessoas de todas as raças desde que convertidas ao salafismo radical.
Utiliza métodos brutais de execução, passa uma imagem grotescamente medieval em sua guerra de conquistas.  Mas tem em seus fundamentos um território maior do que o Texas ou da Inglaterra, possui vastos campos de petróleo e uma usina hidroelétrica. Tem em caixa US 2 bilhões de dólares americanos, e recebe diariamente contribuições e armamentos de diversos patrocinadores.  Tem receitas de contrabando de petróleo representativas.  Tem o apoio de grande parte ou da maior parte das populações dos territórios em seu dominio. Populações estas a décadas esmagadas e humilhadas por ditadores e uma oligarquia corrupta que dominou o oriente médio desde a 1a.guerra mundial quando se dissolveu o Império Otomano.
Ao contrário do Talibã, é adepta da tecnologia, da internet, tvs, e utilizam amplamente estes recursos para a divulgação de suas mensagens e para o aliciamento de novos membros e colaboradores em todo o mundo.
Viram na dilaceração da nação iraquiana pós invasão americana e na ruina da Siria pós guerra civil uma oportunidade única para estabelecer o sonho salafista de um novo Califado.
A invasão do Iraque pelos Estados Unidos foram um tiro no pé, e o apoio dos aliados e diversas facções contra Bashar Al Assad, foi uma estratégia contra-producente.
O Ocidente não percebe o que ocorre nos vastos territórios desérticos do oriente médio, a insatisfação desta população que se estende até o Egito, onde a população muçulmana viu o sonho de democracia se extinguir com o Golpe de Estado do General Sissi, que derrubou o recém-eleito presidente egipicio Mohamed Nursi, sob diversas acusações, tudo patrocinado pelo EUA.
Estas guerras, golpes, insurreições feitas por procuração do Ocidente contra seus inimigos, ai inclusos a própria Rússia, tem se mostrado um terreno fértil para que o Estado Islâmico se firme como uma alternativa válida aos olhos cansados e descrentes da população árabe pobre que não participa das oligarquias, monarquias, e ditaduras corruptas do oriente médio, com seus exércitos igualmente corruptos.
O Daesh ou EI tem provido infra-estrutura, energia, alimentos, saúde, e uma gama de serviços que inclui o julgamento rápido das disputas judiciais civis e criminais, para estas populações que há décadas jaziam desassistidas.
Se não houver uma mudança de rumos, um reordenamento da política das nações ocidentais para esta região, haveremos de presenciar a Terceira Guerra Mundial em moldes medievais, perpetrada por mercenários, conduzida por procuração e financiada com o dinheiro do estabelishmente mundial. Algo parecido com a Guerra do Armagedom, sem armas nucleares, mas com um poder de destruição e de terror que desestabilizará os Estados Nacionais Modernos.
O modelo de conduzir o Oriente Médio apenas com foco em interesses mercadológicos exploratórios para as multinacionais de paises americanos e europeus encontra-se esgotado.
O risco é iminente, e não pode mais ser resolvido apenas com bombardeios aéreos.
Se foram capazes de sentar-se com a OLP, muito menos estruturada, e também com os sionistas, terão que se reinventar para tentar qualquer saida diplomatica ou negociada com estas novas lideranças.  Não resolve criminalizá-las, porque não estamos lidando com um bando de insurgentes incompetentes que dizimam populações.   Este pessoal está preparado para governar, e estão criando um estado sem divergências religiosas, evidentemente depois de uma limpeza étnica genocida.
Mas mesmo a contragosto o Ocidente terá que se esforçar para abrir um canal de diálogo, sob pena de sucumbir ao terror.
De todos os líderes do Ocidente o que tem a visão mais realística e acertada é o Presidente Obama, mas com o mandato a vencer, não sabemos o que virá depois....   Imaginem se triunfa um candidato republicano petroleiro e belicista.
Nada será como antes.
As cartas estão lançadas, é um desafio para todo o mundo ocidental, inclusive Russia e China, não é mais uma questão de manter ou não Assad no poder.
Que a Miopia possa ser curada, e que a visão dos fatos tornem-se cristalina para o Departamento de Estado, para Jonh Kerry, para a CIA e para todo o mundo Europeu.
É o que esperamos.

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