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segunda-feira, 5 de março de 2012

O limite é mais embaixo

O limite é mais embaixo

É grande a probabilidade de a taxa Selic chegar a 8,75%, limite de baixa observado em 2009 no pós-crise, e ser elevada no fim deste ano, ainda que o Banco Central insista na aplicação de medidas macroprudenciais porque a inflação vai se fortalecer.

Essa é a opinião do economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, que vê a Selic encerrando 2012 a 10,50%. “Como estamos com um segundo semestre de reativação mais forte da economia, me parece natural esperar o mesmo da inflação. A inflação de Serviços não deve ceder e esses preços vão crescer na casa dos 8,5% ainda este ano. Alimentação é negligenciada novamente, mas nossas estimativas mostram uma elevação até maior do que os 7,2% que tivemos desse item no IPCA em 2011”, alerta Vale.

O economista entende que, se nada mais grave ocorrer na Europa, 2013 promete ser de crescimento ainda mais forte, o que também contribui para as pressões inflacionárias domésticas. Ele considera também que, como o investimento não parece dar sinais de retomada, o descompasso entre oferta e demanda pode ser maior ainda ano que vem.

“Enfim, toda a discussão de inflação que havia no começo do ano passado voltará a ocorrer e novamente o BC terá que ficar se justificando por não conseguir levar a inflação para a meta, algo que o governo Dilma provavelmente não verá”, afirma.

Sergio Vale considera que o governo Dilma poderá, contudo, marcar um importante tento se conseguir, de todo esse excesso de estímulo, arrematar a mudança no cálculo da caderneta de poupança. Ele entende que a possibilidade de mudar a regra para os novos poupadores - entrantes no sistema - pode evitar que o governo enfrente problemas legais em relação a mudanças de contratos e finalmente "acabar com a atual remuneração esdrúxula da poupança".

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