O ADORÁVEL MUNDO DAS CERVEJAS - PARTE 5
Sempre admirei a vida monástica, uma vida de entrega , de consagração total ao divino, a espiritualidade. E foi neste ambiente sereno, de regras, que surgiu entre os monges trappistas, que é uma variação dos monges beneditinos, ou seja, seguem a regra de São Bento, uma das ordens monásticas mais lindas da cristandade, como dizia, que surgiu este presente dos céus, esta manifestação da graça e amor divino por nós pobres seres humanos. Esta ordem milenar, forjou através dos séculos a maior preciosidade que um bebedor pode degustar a eterna rainha chimay (pronuncia-se chiméé).
Como descrevê-la, sinto-me um pequeno bebedor diante da grandeza e do significado desta cerveja, só posso agradecer muitíssimo aos monges, que foram capazes de tamanha façanha. Que Deus os abençoe, e os retribua à altura, porque dinheiro nenhum do mundo seria suficiente para pagá-los por este bem que é fruto de um trabalho árduo, meticuloso, que só num mosteiro, sem a pressão capitalista do lucro, poderia ser realizada, pois a inspiração sempre foi o ideal monástico de utilizar os recursos arrecadados com a cerveja para a manutenção do mosteiro, reformas, ampliações, construção de uma hospedaria (e que hospedaria) e o excedente sempre foi para a caridade.
Então além de voce deliciar-se com o que existe de melhor neste mundo cervejeiro, seu dinheiro vai para destinhos absolutamente nobres.
Ahh se toda a Ambev fosse assim.............
Chimay é uma cidade e um município francófono da Bélgica localizado noarrondissement de Thuin, província de Hainaut, região da Valônia. A cidade, apesar de pequena, ficou muito conhecida devido aos deliciosos queijos e cervejas de Chimay fabricados desde 1862 por monges trapistas na Abadiade Scourmount.
A cerveja foi produzida de forma totalmente artesanal até meados do século passado quando assumiu escala industrial, mas sempre com a estrita supervisão dos monges, que cuidam pessoalmente da seleção dos ingredientes, água e matéria-prima que serão utilizadas na sua fabricação.
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