FOCUS: PIB deve recuar 0,50% este ano
Na manhã de hoje (23/02) o Banco Central divulgou o seu boletim
FOCUS, relatório que apresenta as expectativas do mercado com relação às
principais variáveis macroeconômicas do país. De acordo com a publicação, a
aposta para o ano de 2015 é de que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro
apresente retração de 0,50% (ante queda de 0,42% na semana anterior). Esta é
a oitava queda consecutiva com relação às perspectivas desta variável. Já
para 2016, a projeção manteve-se em 1,50% pela quarta semana consecutiva.
Vale ressaltar que para o resultado efetivo de 2014, o mercado possui
perspectiva de estagnação (0,00%).
Em se tratando do nível de preços, a mediana do mercado aponta
que, no ano de 2015, o IPCA chegará ao patamar de 7,33%. Para 2016, a leitura
manteve-se em 5,60% pela quinta semana consecutiva. Ainda em relação à
inflação, a projeção dos Preços Administrados passou pela décima primeira
alta, chegando a 10,40%. Em 2016, por outro lado, a perspectiva de alta
destes itens mantém-se em 5,50%.
No que diz respeito à Taxa de Câmbio, o mercado manteve a
expectativa da última leitura para 2015, na qual a relação da moeda
brasileira com a moeda americana se dará em R$/US$ 2,90, enquanto que, em
2016, espera-se que a equivalência chegará a R$/US$ 3,00. Quanto a taxa de
juros, a estimativa do mercado aponta que a taxa SELIC chegará a 12,75% em
2015, caindo para 11,50% em 2016.
Para o setor externo, as projeções do boletim caíram em relação
à semana anterior. Para 2015, a leitura referente ao resultado da Balança
Comercial passou de US$ 5,00 bilhões para US$ 4,40 bilhões, ao passo que para
2016, o superávit esperado variou de US$ 12,00 bilhões para US$ 11,00
bilhões. A projeção para o saldo de Transações Correntes deste ano sinaliza
déficit de US$ 78,40 bilhões, ao passo que para o próximo ano, o mercado
espera um déficit de US$ 69,75 bilhões.
Por fim, em relação à produção industrial, a expectativa de
retração foi amenizada para 2015 (de -0,42% para -0,35%), entretanto, o
avanço esperado para 2016 passou pela segunda queda consecutiva, chegando a
2,00% na leitura atual.
Prévia da confiança da indústria registra piora em fevereiro
Hoje (23/02) a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou a prévia
da Sondagem da Indústria de Transformação para o Índice de Confiança da
Indústria (ICI) referente ao mês de fevereiro. Esta leitura inicial, livre de
influências sazonais, sinaliza queda de 3,1% do índice na passagem de janeiro
para fevereiro, recuando de 85,9 para 83,2 pontos - menor estimativa desde
outubro de 2014. Este ajuste vem após uma leve recomposição apresentada no
resultado de janeiro (1,9%).
Tal declínio reflete a avaliação ruim no Índice de Situação
Atual (ISA), que chega a 84,3 pontos e apresenta queda de 1,7% em janeiro. O
destaque fica com o Índice de Expectativas (IE), que sinalizou retração de
4,8% resultando no nível de 82,0 pontos, se aproximando do patamar de
setembro passado (81,9).
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI)
representou estabilidade entre os meses de janeiro e fevereiro, medindo 82%.
O resultado efetivo da pesquisa será divulgado na próxima sexta-feira, dia 27
de fevereiro.
Indicador antecedente da economia brasileira cai em janeiro
O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) sofre queda
de 1,6% em janeiro, frente ao mês anterior, chegando assim ao nível de 93,6
pontos. O resultado vem após queda relativa de 0,2% em dezembro de 2014 e um
maior declínio em novembro, de 1,4%. Os dados foram divulgados sexta-feira
(20/01) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pelo The Conference Board.
O IACE é um agregado de oito componentes que mede o ciclo
econômico brasileiro, podendo assim, antecipar períodos de estagnação ou
crescimento. De acordo com a divulgação atual, apenas três dos oitos
componentes demonstraram recuperação em janeiro: o Indicador de Quantum de
Exportações, o Índice de Expectativas da Indústria e o Índice de Produção
Física de Bens de consumo Duráveis, resultados insuficientes para superar o
declínio registrado nos demais índice.
Concomitante foi divulgado pela FGV/Conference Board, o
Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), que sinaliza como se
encontra a economia brasileira no momento atual. Segundo a fundação, o ICCE
exibiu elevação 0,4% atingindo a marca de 105,3 pontos, após recuar 1,0% em
dezembro. Na contramão do IACE, o indicador Coincidente mostrou-se favorável
nos seus seis componentes, assim explicando o resultado de crescimento.
Por fim, segundo os economistas responsáveis pelo relatório, a
queda apresentada no mês de janeiro está associada incertezas quanto a
economia mundial, aliado a políticas monetárias e fiscais restritivas no
Brasil. Vale destacar também o peso da hipotética falta de água e energia
presentes. Todas estas variáveis sustentam as perspectivas de baixa atividade
no curto prazo.
Alemanha: Índice de Clima de
Negócios mantem trajetória de expansão
Hoje (23/02) o instituto Ifo divulgou o seu Índice de Clima de
Negócios da Alemanha. Segundo a publicação referente ao resultado do mês de
fevereiro, livre de efeitos sazonais, verificou-se um leve avanço no índice
(de 106,7 pontos para 106,8 pontos), que chegou à sua quinta alta
consecutiva. O indicador segue, assim, a solidez demonstrada pelo sentimento
econômico do país (Macro Visão 1632).
O Índice de Situação Atual (ISA) sofreu queda de 0,4 ponto na
passagem mensal, chegando a 111,3 pontos em fevereiro. Por outro lado, o
Índice de Expectativas apresentou avanço de 0,5 ponto no segundo mês do ano,
chegando a 102,5 pontos. Assim, a queda do ISA foi amenizada pela melhora das
expectativas para os próximos meses.
Por fim, o Índice de Clima de Negócios da Indústria e do
Comércio avançou para 6,7 pontos, ante 6,6 pontos em janeiro. Na abertura por
componentes, destaque para os resultados positivos da Indústria de Transformação
(de 9,3 pontos para 9,5 pontos) e do Varejo (de 3,2 pontos para 3,3 pontos).
Por outro lado, houve retração nos índices relativos ao comércio Atacado (de
8,3 pontos para 8,2 pontos) e à Construção (de -5,6 pontos para -5,8 pontos).
A desvalorização do euro frente ao dólar, aliada a recuperação
vigorosa da economia alemã e de seus parceiros comerciais ajudam a explicar a
melhora no índice de negócio nos últimos meses.
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segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Macroeconomia - últimas projeções do Bacen para PIB, Câmbio, Inflação, etc
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